Comentário semanal de Carlos Zorrinho na Rádio Campanário – 23 julho 2024
No seu comentário semanal na Rádio Campanário, o ex-Eurodeputado e Dirigente do Partido Socialista, Dr. Carlos Zorrinho, falou sobre os números do desemprego, que avançam ao ritmo mais alto desde os tempos da Troika, referindo “pode ter a ver com o facto de atualmente sermos um país mais atrativo para pessoas que querem trabalhar em Portugal, ou seja, podemos ter uma maior oferta e não uma menor procura.”
Ainda sobre esta matéria o socialista destaca “pode ter também a ver com o facto de hoje em dia serem criados postos de trabalho para os quais não temos ofertas com as competências necessárias e nesse sentido é necessário fazer a qualificação das pessoas pois falta mão de obra qualificada.”
Sobre a greve dos Médicos, que hoje está a afetar o país, assim como as negociações entre o Governo e os sindicatos desta classe profissional, o Dirigente do PS frisou “espero que as negociações tenham um bom desfecho porque a garantia da saúde aos portugueses é uma prioridade.”
Na opinião do nosso comentador “o problema é que já se sabia que quando se faz um processo de revalorização de algumas carreiras a determinado nível, ela tem que ser mais alargada e generalizada.”
“É preciso continuar a negociar com um sentido muito claro de uma resposta que é fundamental, como é o caso da Saúde, para que os portugueses se sintam seguros nesta matéria” referiu ainda.
Por último e no que diz respeito à habitação e ao facto de nos últimos três meses terem sido assinados pelo governo contratos de 1500 milhões de euros para dar resposta às necessidades nesta vertente e tendo em conta os prazos existentes para que a construção destas habitações estejam concluídas-2026-, Carlos Zorrinho sublinhou “os autarcas assumiram o compromisso de cumprir este prazo e isso demonstra o seu empenho na resolução desta questão” acrescentando “este processo teve dois grandes problemas: o aumento da inflação que levou a que muitos dos concursos tenham ficado desertos e tenha existido a necessidade de os rever e por outro lado, o facto de muitas empresas de construção civil terem deixado de existir, deixando um vazio no mercado”.