Pacto Territorial
Dia 29 de Junho, dia de São Pedro e da Cidade de Évora, realizou-se no emblemático Teatro Garcia de Resende uma convenção programática da candidatura Évora Viva à presidência da Câmara Municipal de Évora que encheu o teatro, e onde durante quatro horas, no dia mais quente do ano, se apresentaram e debateram propostas recolhidas no contacto com os agentes e os cidadãos de Évora para os temas fundamentas para o nosso futuro comum, como são exemplo a higiene e limpeza, a habitação e qualidade de vida, a mobilidade e desenvolvimento sustentável, a educação, cultura e juventude, a economia, turismo e emprego, o desporto e bem-estar, a saúde e apoios sociais e a segurança e proteção civil.
José Luis Carneiro, eleito no dia anterior Secretário – geral do PS, quis manifestar o seu apoio a uma candidatura que vai muito para além das fronteiras partidárias e mobiliza nas suas listas centenas de homens e mulheres do Concelho com percursos de vida diferenciados, associando-se ao seu momento de encerramento.
Antes do evento perguntou-me se não ponderava ser o primeiro a assumir a meta de duplicar a população das cidades médias em Portugal até 2050? Não me resigno ao princípio de que o Concelho e a Cidade de Évora sejam médios. Tenho a ambição que se afirmem como forte centralidade territorial e que Évora seja em 10 anos reconhecida como uma Grande Capital Europeia ao Sul. Assumir uma meta apenas qualitativa tem um enorme risco. Não quero que o Concelho e a Cidade cresçam à custa de desertificar ainda mais os territórios envolventes.
Duplicar a população até 2050 só faz sentido com fortes contrapartidas de inventivo à construção de habitação a preços controlados, à atração de investimento, ao reforço dos serviços, à aposta no sistema educativo e de inovação e à criação de emprego qualificado, fixando quem cá está e atraindo novas gentes.
Para o meu interlocutor, as minhas palavras apenas reforçaram o que tem defendido em múltiplas intervenções. O Alentejo, o Distrito de Évora e o Concelho de Évora em particular, são exemplos de territórios que precisam de formalizar com o Governo Central e com a sociedade civil um pacto territorial para o desenvolvimento, em benefício de todo o País.
A meta de duplicar a população até 2050 é mobilizadora. Para isso estamos disponíveis para pôr em marcha um pacto territorial para o desenvolvimento, se os eborenses nos derem mandato para isso, logo depois da nossa tomada de posse. Faz sentido e é necessário.