Artigos de Opinião

Neste espaço poderá encontrar os artigos que ao longo dos últimos anos foram sendo escritos por Carlos Zorrinho e publicados em diversos meios de comunicação social.

Europa das Regiões

Nos últimos meses a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL) tem realizado várias missões em Bruxelas, proporcionando aos seus associados contactos com as Associações Europeias de Agências de Desenvolvimento e com as Instituições Europeias relacionadas com a definição e a implementação das políticas regionais e de coesão.

Sempre que a agenda me permite, tenho estado enquanto Eurodeputado com estas delegações, dando o meu incentivo às boas prática que constituem as ações de diálogo e interação com as entidades decisoras, as estratégias de reforço dos laços com as congéneres europeias e o aumento da presença dos atores regionais no terreno europeu, com vantagem se isso for feito também com uma antena permanente, como acontece com muitas regiões por toda a Europa.

A Europa das Regiões, entendida neste texto na sua dimensão associativa, mas que é muito mais do isso, tem um papel decisivo no funcionamento quotidiano da máquina europeia, constituindo um tecido base de equilíbrio das dinâmicas nas políticas de articulação nacional ou das instituições europeias.

Neste contexto, estar mais perto dos centros de decisão é uma vantagem inegável, num quadro em que as boas parcerias, a troca de boas práticas e as relações de confiança são fundamentais.

Estar em Bruxelas ajuda a captar fundos comunitários, mas também a defender melhor os que são captados e geridos no plano nacional. O impacto do trabalho de afirmação regional é imediato, incrementando as oportunidades de parcerias, de aprendizagem e de captação de recursos, mas tem também uma profunda importância na preparação do que poderá ser o futuro das políticas de coesão e convergência na União e da sua aplicação nos territórios.

Ainda é muito cedo para antecipar como vão ser negociados os quadros de financiamento pós 2027, sobretudo tendo em conta as perspetivas de alargamento da União Europeia e a volatilidade geopolítica, mas tudo indica que os pressupostos e os modelos serão completamente diferentes daqueles a que estamos habituados.

Com este contexto, é agora o momento certo para começar a preparar a região, dotando-a das competências e posicionando-a em primeiro lugar para ser uma protagonista ativa na definição dos modelos futuros e em segundo lugar para estar capacitada desde o primeiro momento para neles se movimentar e deles extrair os apoios e as medidas que precisa para consolidar o seu desenvolvimento e proporcionar melhor qualidade de vida a quem nela vive.

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