Tecnologia e Empatia
Os novos tempos exigem que recorramos cada vez mais aos serviços disponibilizados online e eu não sou exceção. Diariamente faço múltiplas operações de gestão da minha vida pessoal e profissional usando as aplicações disponibilizadas, quer pelas entidades e serviços públicos quer pelas entidades e serviços privados de diversa índole. No entanto, sempre que posso escolher, prefiro um serviço ou um fornecedor que me permita, em situação excecional e fora dos parâmetros habituais, falar com uma pessoa habilitada a ajudar-me a encontrar a solução.
O grau de excecionalidade varia com a literacia digital de cada um. Para muitas pessoas a escassez de respostas personalizadas e diretas é um fator acrescido de exclusão. Para essas, embora a prioridade seja a formação e a ajuda no acesso às novas tecnologias, a existência de um referencial personalizado é ainda mais importante. Combater a exclusão e promover a literacia digital é uma prioridade chave nos tempos em que vivemos.
Numa entidade de serviço público com as características de proximidade que deve ter, por exemplo, uma Câmara Municipal, a conjunção da tecnologia com a empatia é ainda mais importante. A boa notícia é que essa aliança pode ser natural e tornar todos mais felizes, quer os trabalhadores da autarquia quer os munícipes.
Como candidato à Presidência da Câmara Municipal de Évora tenho assumido que a implantação de uma plataforma integrada de informação é a ferramenta mais adequada e rápida para ligar os serviços da Câmara, otimizar procedimentos, capacitar os trabalhadores e permitir criar uma relação transparente no plano interno e na relação com os munícipes e com os diferentes interlocutores da instituição.
Não me esquecerei, no entanto, se para isso receber mandato, de ter sempre bem presente que a tecnologia é apenas um instrumento de apoio para tornar mais empáticas as relações entre as pessoas, ao mesmo tempo que dá mais poder, mais responsabilidade e mais gratificação pessoal, quer a quem presta o serviço quer a quem a ele recorre.
Ninguém deve ser excluído pelas competências digitais. A integração da informação não pode ser uma barreira, mas um espaço onde todos poderão colaborar para resolver os problemas e dar as respostas necessárias.
Visão, competência, tecnologia, empatia, envolvimento, compromisso, não são palavras ocas. São as chaves que vão permitir ter uma Câmara Municipal de Évora dinâmica e próxima, que alguns duvidam ser possível, mas em que eu acredito e não hesitarei em concretizar.