Artigos de Opinião

Neste espaço poderá encontrar os artigos que ao longo dos últimos anos foram sendo escritos por Carlos Zorrinho e publicados em diversos meios de comunicação social.

Mais dados, melhor saúde

No quadro da recente campanha eleitoral tive oportunidade de visitar as obras do Hospital Central do Alentejo e testemunhar a modernidade da sua conceção como um hospital de nova geração em que as mais recentes tecnologias de saúde, agregadas com as tecnologias de armazenamento, transmissão e processamento de dados, vão permitir que o Hospital seja um ponto de contacto direto e virtual com os utentes, sem nunca se perder a centralidade da relação humana.

Servindo uma vasta região, envelhecida e demograficamente esparsa, o novo Hospital será ligado à rede de saúde e permitirá monitorizar e servir muitos utentes à distancia, a partir das suas casas, dos lares, dos centros de saúde ou de outros equipamentos adequados, enquadrado por equipas de saúde que assegurem uma complementaridade entre quem está à distância e quem acompanha diretamente as pessoas, sejam profissionais de medicina, de enfermagem, de serviço social ou de outras especialidades necessárias.

Já depois das eleições legislativas em Portugal, no dia 15 de março, o Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo sobre o Regulamento do novo Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) em que fui negociador em representação dos Socialistas e Democratas na Comissão de Industria, Investigação e Energia.

A criação de um espaço europeu de dados em saúde, com garantia de privacidade e opção, vai aumentar muito a capacidade dos sistemas e dos serviços de saúde darem respostas mais rápidas e com melhor qualidade, tendo por base a partilha de conhecimentos e de experiências. Ao mesmo tempo os laboratórios de pesquisa e de desenvolvimento e a indústria europeia vão beneficiar de dados anónimos fundamentais para a sua investigação e para a criação de medicamentos e tratamentos mais eficazes.

Voltando a Portugal e ao Alentejo todos temos consciência da enorme pressão a que a maior longevidade média dos cidadãos e a disponibilidade de novos tratamentos de elevado custo têm colocado sobre o Serviço Nacional de Saúde e sobre os seus profissionais.

Com novas tecnologias, mais dados, melhor conhecimento e práticas mais eficientes será possível, acredito, melhorar as respostas para quem precisa e remunerar melhor quem as garante. Espero que o novo Hospital Central de Évora, associado à Escola de Saúde da Universidade de Évora e à Faculdade de Medicina que faz todo o sentido que nela venha a ser criada, sejam um marco forte neste novo ciclo da saúde na Europa, em Portugal e no Alentejo.

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